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Colunistas Pedágios no RS: um modelo imposto e desconectado da reconstrução que o Estado precisa 3k4ja

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Prefeitos e lideranças locais têm se posicionado publicamente contra o atual modelo de concessão

Foto: Raphael Nunes/EGR
Prefeitos e lideranças locais têm se posicionado publicamente contra o atual modelo de concessão. (Foto: Raphael Nunes/EGR)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Enquanto o Rio Grande do Sul ainda contabiliza os prejuízos humanos, sociais e econômicos da maior catástrofe climática de sua história, o governo estadual mantém em curso, sem qualquer sensibilidade ou revisão, o polêmico processo de concessão do bloco 2 dos pedágios, impondo aos municípios mais atingidos pela tragédia mais um ônus injustificável.

Prefeitos e lideranças locais de cidades como Venâncio Aires, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Candelária têm se posicionado publicamente contra o atual modelo de concessão. O descontentamento é generalizado: falta diálogo, sobram dúvidas, e os impactos prometem ser profundos. A população teme o aumento no custo de vida e o isolamento regional provocado por tarifas que penalizam trabalhadores, estudantes, pequenos produtores e transportadores.

Além disso, a proposta se torna ainda mais inaceitável diante da notícia de que o governo pretende utilizar R$ 1,5 bilhão do Fundo de Reconstrução do Estado para garantir obras previstas no contrato de concessão. Um desvio de finalidade inaceitável. O fundo foi criado com o objetivo de amparar comunidades devastadas, reconstruir pontes, casas, escolas e hospitais — não para subsidiar lucro de concessionárias privadas.

Em um momento em que o Rio Grande do Sul precisa mais do que nunca de coesão social e planejamento estratégico, é inissível que o Estado imponha um modelo de pedagiamento que, ao invés de integrar, separa. A concessão, tal como está, fere o princípio do interesse público e ameaça a sustentabilidade econômica de regiões inteiras.

Alternativas existem

A crise nos impõe repensar modelos. Em vez de conceder rodovias sob contratos rígidos e longos, o governo poderia adotar modelos cooperativos ou públicos de gestão rodoviária, com consórcios regionais, controle social e reinvestimento total da receita na malha local. A adoção de pedágios urbanos inteligentes, com tarifas variáveis e isenções para moradores e produtores locais, é outra possibilidade mais justa e moderna.

Outra alternativa viável seria a gestão provisória emergencial das estradas pelo Daer, com recursos do próprio fundo de reconstrução sendo aplicados diretamente em obras públicas, com controle técnico e social, sem a intermediação de grandes grupos privados. Isso garantiria agilidade e menor custo ao cidadão.

O modelo atual precisa parar. Não há reconstrução possível se os alicerces da gestão pública forem a indiferença e a submissão a interesses empresariais. O momento exige responsabilidade, diálogo e soluções inovadoras — não a repetição de fórmulas excludentes e ultraadas.

* Guto Lopes, jornalista da Rede Pampa de Comunicação

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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